domingo, 28 de outubro de 2007

O culpado

A polícia deixava a mansão dos Wycliffe levando com eles o mordomo, agora algemado.
Momentos antes estavam o detetive, Sr. e Sra. Wycliffe, o assistente do detetive, os empregados e o mordomo reunidos na sala principal. Discutiam sobre o assassinato da avó de Madeleine.
— Analisei as pistas cuidadosamente, minha cara senhora. E todas foram uma a uma eliminando os suspeitos para chegar a apenas um culpado!
Todos permaneceram calados, apenas a Sra. Madeleine se manifestou:
— Então diga, detetive! Não vê que estou aflita? Diga quem assassinou minha pobre avó?
— Ora, ora, minha cara. Quem mais poderia ser?
Com dedo indicador apontou para Alfred, o
mordomo da família.
— Foi ele!
Todos o olharam surpreendidos. Madeleine perguntou aos prantos.
— Como pôde fazer isso, Alfred?
O mordomo permaneceu calado e Madeleine, vendo que não conseguiria nada de Alfred, perguntou ao detetive:
— Como chegou até ele? Alfred não tinha motivos, era tratado como um membro da família.
— Senhora, não foi muito difícil, afinal ele é o mordomo.
Nessa hora, Alfred olhou para Sra. Wycliffe e disse com um ar de Lord inglês, embora não o fosse:
— Ora, madame, por acaso é tão ingênua a ponto desconhecer que nos grandes crimes de assassinato entre famílias nobres, o culpado é sempre o mordomo? (Alfred tinha conhecimentos de muitos casos em que o assassino era o culpado – ficção ou não. Era praticamente um especialista).
Finalizou com uma risada esnobe.
Todos estavam perplexos com a frieza de Alfred.
Na cela fria e úmida ele olhava a lua cheia e pensava na vida. Pensou tanto que, de repente, sua expressão mudou.
— Mas... não foi eu!
Enquanto isso, na mansão, um sorriso de satisfação pousava nos lábios do Sr. Wycliffe.
by Tais Carla B. Cassemiro

Um comentário:

Tyler Bazz disse...

Bom! Bom! Bom!!!

Acho até que me deu uma idéia uhuhuhuhuh

:*