sábado, 29 de setembro de 2007

Declaração

Na negra noite do que sinto

Me
De
Claro


by Tais Carla B. Cassemiro

sábado, 22 de setembro de 2007

Bang Jump

Às vezes penso em desistir, sabe?!?! Não é tão simples como parece, se é que realmente pareça ser simples. Olho tudo aquilo diante de mim. Porque não dar uma chance, porque não aproveitar a oportunidade?. Dá um frio na barriga, como se alguém fizesse cócegas aqui dentro. O vento sopra para um rumo diferente. Bom sinal? Não sei. Mal sinal? Também não sei. Mas topei pular e aqui estou eu, com uma imensidão debaixo de meus pés. Já colocaram todos os aparelhos necessários, verificaram tudo. Espero!
Medo.
Toda ato que praticamos resulta em uma conseqüência, seja ela boa ou não. Arrisco ou dou meia volta?
Suor frio.
Muita gente diz que se arrepende daquilo que não fez. Mas tem gente que se arrepende daquilo que fez.
Sem chão.
Mas depende muito do ponto de vista, e este é sempre depois de que se salta... ou não.
Vento.
Li muito à respeito de esportes radicais. Ai, não sou nenhum pouco radical!
Pura adrenalina.
Para alguns foi caminho sem volta. Equipamento que não funcionou.
Outro ângulo.

Para outros foi e é divertimento. Uma emoção a mais para a curta existência. É desafiador.
Paz.
Já desisti de várias coisas.
Volta.
Essa seria apenas mais uma.
Mãos.
Escolher sempre foi algo muito difícil para mim, principalmente quando minha vida, o rumo dela, está em jogo.
Chão.
São nesses momento que invoco Shakespeare: “Pular ou não pular, eis a questão.”
Fôlego.
Mas enfim, uma hora passa. As dúvidas somem. Mas então vem o arrependimento ... ou a satisfação.
Satisfação.

Tais Carla B. Cassemiro

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O tempo vai ao longe
Nem vejo, pois se esconde
Às vezes se congela, enfim...

Paciência! ecoa dentro
Paro e fico e penso
Respiro fundo: “Ai de mim”

Só aquilo que é culpado
E nem culpa tem de fato
Cura ou mata de vez

Só aquilo, e nada mais
É a certeza do que se faz
E a loucura do que se fez


SÓ para atualizar mesmo!!!

Tais Carla B. Cassemiro

domingo, 9 de setembro de 2007

A coelhinha, o velho e a anta

Um dos meus feriados favoritos no mundo todo era a páscoa. Simplesmente porque nesse dia eu me transformava no verdadeiro “Coelhinho da Páscoa”. Duas semanas antes do dia de páscoa eu já estava de férias. Tinha feito todo o serviço no trabalho para meu chefe não reclamar.
Bem, há cinco anos eu fiz questão de aprender a fazer ovos de chocolate, agora eu mesma os fazia. Tinha tudo o que precisava: do chocolate até a cestinha. Mas o melhor de tudo era a fantasia de coelho que havia comprado há uns 3 anos. Toda branquinha e macia.
Não era apenas por diversão que eu fazia o que fazia. Gostava de alegrar as pessoas, principalmente crianças. Havia uma escola de crianças carentes há alguns quarteirões de casa. E era especialmente por elas que eu bancava a coelha.
Em duas semanas eu havia dado uma arrumada na fantasia e preparados os vários ovos de chocolate.
Finalmente no domingo estava tudo pronto para o grande dia. Até as seis da tarde foi praticamente tudo rotina. Depois comecei a me arrumar, pois havia combinado com a diretora que estaria lá na escola às oito da noite para fazer uma surpresa. Coloquei a fantasia, me maquiei, peguei a cesta e a forrei com os ovos.
Era hora de ir. Apaguei a luz de casa, abri a porta que dava para a rua. Foi aí que notei os pisca-piscas das casas vizinhas. Lindos, por sinal. Tranquei a porta e quando me virei, vi um velhinho gordo, barba branca, roupa vermelha, sentado num trenó, que era puxado por nove renas. Ele gritava: “Ho ho ho... Feliz Natal!
Nesse momento parei e pensei comigo: “Como tem gente perdida nesse mundo!”
Mas enfim, não tinha tempo para ficar ali observando aquela figura. Ajeitei as orelhas e sai saltitando em direção à escola.
Tais Carla B. Cassemiro

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Circus

todos a olharam de repente
gargalhadas, quando não se sente
pensou, então, consigo:

"sim, não nego, há o riso
mas não encontraram graça
no que vem, nem sempre passa
no fundo, não acharam, não!"

e assim como um mágico,
Abracadabra: fez-se a ilusão!*

Tais Carla B. Cassemiro

* porque existem situações que viram rimas

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