domingo, 9 de dezembro de 2007

MADA

Uma sala. Dentro dela, um grupo de 16 mulheres. Uma delas se levanta.
“Oi. Meu nome é Marta. Tenho 29 anos e sou uma mulher que ama demais. Bem, faz 4 anos que estou com meu atual marido e desde que começamos a namorar ele me bate. No começo eram tapinhas de leve, mas com o passar do tempo, esses tapas viraram socos. Só que eu nunca consegui deixá-lo porque eu o amo. Uma amiga minha disse que seria bom se eu freqüentasse esse grupo e aqui estou eu... Bem, às vezes ele não me machuca, mas outras fico realmente com algumas marcas roxas, tenho que admitir. Às vezes ele chega em casa e não fala nada, vem com tudo para cima de mim. Ele me pega de jeito e é tapa para cá... tapa para lá ... para cá... ai.. para lá... ui ...ui...bate mais.. ai... não pára...ui... cachorrão... bate, bate...”
Ela gesticulava com fervor enquanto as outras 15 mulheres a observavam, umas como se se imaginassem naquela situação, outras com repulsa.
Foi então que, depois de dar pequenos tapas no rosto como demonstração, Marta parou, olhou em volta e saiu com um sorriso radiante na cara. Nunca mais voltou.

by Tais Carla B. Cassemiro

2 comentários:

Tyler Bazz disse...

Certeza que ela faz pra zoar!!!
Saiu daí e foi pro grupo de apoio aos tuberculosos, fumar. :D


Muito muito bom!

Anônimo disse...

Eu acho que ela teve uma certa inspiração!